01 junho, 2009
O gerente educador e o desenvolvimento de pessoas
Dele deve partir as ações que levam a instituição para o sucesso ou não.
Assim,hoje abrimos espaço, para um trecho do pensamento correto de Luiz Carlos Moreno,que de forma simples,porém clara e eficiente, dá uma orientaçãovaliosa para nossos colegas gestores,que sempre buscam a gestão de qualidade.
Abraços, Ana Celina
O gerente educador e o desenvolvimento de pessoas
Luis Carlos Moreno
As organizações humanas crescem em complexidade e em desafios os profissionais que nelas atuam e com elas interagem são exigidos na mesma proporção.
A necessidade e importância da compreensão do comportamento organizacional são assim evidenciadas para uma adequação das exigências com atividades e tarefas, organização e equipe, clientes internos e externos, fornecedores, parceiros e comunidade. A atualização, o aperfeiçoamento e desenvolvimento profissional, também denominado Educação Continuada, consolida-se hoje na concepção de Educação Corporativa, agregando valor à carreira do profissional, acrescentando e desenvolvendo competências.
O desenvolvimento organizacional é imperioso, imediato, contempla imprevisibilidades numa velocidade jamais vivenciada pelos humanos. Assim, o comportamento necessário é o da aplicação das competências para o desempenho desejado, medido pelos resultados, na busca da realização pessoal através de um trabalho desafiante, inteligente – criativo e gratificante – o que potencializa o humano.
O gerente educador pode mudar as pessoas por meio do seu próprio comportamento, uma vez que os seres humanos aprendem (e muito) por imitação; processos de comunicação; tomada de decisão; solução de problemas, por extensão, pode influenciar as atitudes e comportamentos de todos os integrantes da organização. O gerente educador, para plena eficácia, emprega seis competências:
-Controla o ambiente e os recursos da organização tomando decisões preventivas
-Organiza e coordena em torno de tarefas e relações interdependentes
-Trata as informações identificando problemas para tomar decisões e comunicá-las
-Provisão de crescimento e desenvolvimento para si e seus funcionários
-Motivação dos funcionários e administração de conflitos no trabalho
-Tem solução de problemas estratégicos por meio da tomada de decisões e do incentivo às decisões por parte dos seus funcionários.
Os resultados esperados desse desempenho são:
-Maior integração entre as áreas, departamentos e grupos organizacionais (reais e virtuais)
-Ativação, facilitação e incrementação do processo de comunicação interpessoal
-Maior cooperação intergrupal (o verdadeiro sentido e natureza do time)
-O relacionamento entre pessoas flui
-Aumenta a produtividade, a segurança e a qualidade
-Gerenciamento atualizado e dinâmico, que enfatiza a liderança
26 maio, 2009
Lista de Blogs

Colegas, cada vez mais os blogs se tornam ferramenta de comunicação e interação entre as pessoas. Existem blogs para todos os gostos e interesses. Confesso que sou fã, desta forma simples e prazerosa de nos comunicarmos. Faço portanto deste espaço, veículo de divulgação do trabalho de colegas professores, coordenadores e educadores em geral, que espalhados pelo Brasil, encontram nos blogs uma forma especial de aprenderem uns com os outros. Pra começar, vai hoje uma lista de endereços que com certeza, será útil para todos nós.
Um abraço, Ana Celina
http://professoraelizianedepaula.blogspot.com
http://cm50.ntedu.edu.es/
http://reflexoesacademicas.blogspot.com/
http://pedagogicamenteblogando.blogspot.com
http://porqueeimportanteaprenderingles.blogspot.com
http://www.melega.multiply.com
http://www.henriquemelega.blogspot.com
http://www.coordpedagocicaeti.blogspot.com/
http://profamarildochaves.blogspot.com/
http://www.ligaderiopardo.zip.net
http://www.jacuhy.blogspot.com
http://www.historiaecia.com/
http://saibahistoria.blogspot.com/
24 maio, 2009
A Escola e a Informação
Na virada dos tempos, um forte vento espalhou as sementes das flores pelos quatro cantos. Um punhado caiu no jardim do menino. E a cada avaliação, ele apenas estendia os braços e alcançava uma flor pela janela de seu quarto. O professor desequilibrou-se. Dizia que não. Tentava explicar que, agora o garoto não podia simplesmente entregar a flor. Conforme antigas/modernas teorias, devia cheirá-la, contar-lhe o que sentira e relacionar essa sensação subjetiva com a de outros.
No entanto, nem o aluno, tampouco o professor sabiam dar sentido à flor.
Inicio esse artigo com um conto que criei com a intenção de metaforizar uma das tensões da educação – sua relação com a informação. Engana-se aquele que acredita ser essa uma angústia nossa e atual. A história revela os desequilíbrios das instituições ao perceberem-se perdendo espaço e poder por razão de revoluções que romperam com os cativeiros da informação. Na escassez de informação, quem tinha uma página era rei. A partir dessa situação, dentre outras, é que a igreja, como a escola, fortaleceu-se como império absoluto.
O educar era concebido como conduzir ou, sendo mais sincero, exigir que as crianças se esforçassem para ter aquilo que era considerado raro: a informação. Aluno bom era aquele que sofria até obtê-la. Esse merecia as honras da casa.
Tal modelo escolar e intenção educativa se perpetuaram, chegando até meus dias de aluno. Permita-me lembrar, com misto de revolta, humor e nostalgia, a dificuldade que era elaborar uma pesquisa escolar nos anos 80. Nem quero considerar a experiência dos meus amigos das décadas de 60 e 70!
Recordo que os alunos dedicados – ou cdfs, conforme as gírias da época – desesperavam-se diante da proposta. As angustiantes falas inundavam a sala de aula: “Onde vou encontrar isso, professor? Não vai dar tempo!”. Já os mais revoltados gritavam que não iam fazer nada. Mas, acabavam conseguindo entrar num grupo e tirar a nota.
Depois do término, a entrega era teatral. Pilhas de almaço sobre a mesa do professor, alunos suspirando de alívio. Se fosse em forma de cartaz, muita purpurina na cartolina e papel celofane. Esse capricho deveria ser mais notável nas pesadas maquetes de isopor que, depois da feira de ciências, eram tacadas fora. Na verdade, tudo era descartado. Muitas vezes, na mesma aula da entrega, para revolta das crianças mais críticas, o professor ou professora mudava o conteúdo a ser trabalhado. Feito o trabalho, podia-se virar a página do livro com o sentimento de tarefa cumprida e iniciar outro tema. Depois, exigir mais alguns trabalhos, mudar novamente o conteúdo, repetidas e repetidas vezes, até o término do ano letivo.
Por mais tristeza que essas propostas nos causaram, podemos encontrar aspectos “positivos” nessas experiências. Não aprendíamos tanto, mas nossas habilidades de comunicação, locomoção e visão eram fortalecidas. Afinal, muitas famílias não tinham enciclopédia e livros em casa, por isso o aluno precisava aprender a “gritar por socorro” e buscar com quem conhecesse o material da pesquisa. A criança tinha que “correr atrás”, até encontrar a informação. O aluno, se tímido, aprendia “na marra” a falar com os outros.
Esse desafio de encontrar o material envolvia também as muitas viagens para pegá-lo. Por fim, aliviado, com o material nas mãos, o aluno olhava com atenção o sumário e as páginas, buscando o título do trabalho que, na maioria das vezes, repetia exatamente os enunciados dos capítulos das apostilas didáticas. E copiava o que havia sido solicitado.
Fico imaginando a algazarra que faria se pudesse voltar à minha antiga escola carregando meu laptop conectado à internet. Tiraria as melhores notas. Naqueles moldes, poderia, com menos de nove anos, até me aventurar em expor alguns conteúdos!
De fato, os ventos modernos chacoalharam as antigas bases escolares. A velha escola tem sido questionada. Hoje, já não mais cabem metodologias para o encontro das informações. Na verdade, esse nunca fora o objetivo escolar. Sempre soubemos (ou não?) que era ineficaz a informação pela informação. Mas o que satisfazia e legitimava as ações era entender como educativo o ato da criança encontrar aquilo que o planejamento já previa. E o verbo – encontrar – é usado com propriedade, pois, de fato, o mérito era totalmente para aquele que, percorrendo exatamente o caminho previsto pelo professor, encontrasse o que também era previsto. Nada de surpresas, novos resultados, inovações. A questão era ordinária: encontrar a flor.
Diante de salas compostas por alunos da geração digital, sobra espaço para didáticas alternativas, reflexão e práticas de novas formas de aprender e ensinar. Se pautarmos as aulas na apresentação e solicitação de informações, é somente isso que os alunos nos trarão. E com toda facilidade que a realidade atual lhes permite. Relembrando o conto, apenas copiarão pelas múltiplas janelas virtuais que estão a sua disposição.
Robson de Oliveira é teólogo, pedagogo e Orientador Educacional do Colégio Interativa em Londrina-PR. Contato: robson@interativalondrina.com.br
06 maio, 2009
01 maio, 2009
O que precisamos em uma organização escolar: administradores ou gestores?
sobre o perfil da gestão escolar.
Sabemos o quanto se faz necessário, um olhar atento sobre o evoluir
do comportamento do gestor escolar, frente aos novos desafios que se
apresentam diáriamente, nestes tempos modernos.
Portanto vamos à ela e aproveitem !
Com o abraço de sempre, Ana Celina<
Por Gilda Lück
A gestão não pode ser vista como uma mera ação de treinamento da liderança. A capacidade de identificar líderes, cuidar deles, recompensá-los e separá-los do “fazer administrativo” diário de uma instituição de ensino estão entre as principais razões de uma organização criar um diferencial de sucesso.
Administradores trabalham com processos fechados e gestores lideram comportamentos e ações, portanto uma instituição precisa dos dois e raramente observamos uma pessoa que tenha o perfil com características de ambos. E o problema está aí: quando confundimos competência em administrar com competência em liderar. Ou vice-versa.
As diferenças
Poderíamos afirmar então que o administrador competente alimenta os processos e faz com que caminhem em uma direção preestabelecida. Procuram atingir as metas, os resultados esperados pelas pessoas que a eles confiaram a tarefa de administrar. Já os gestores compreendem os cenários em que estão inseridos, enxergam com os olhos da mente e respeitam a visão do futuro como uma ciência, portanto conseguem projetar ações e resultados de maneira a favorecer o empreendimento a que estão ligados. Um planeja estrategicamente, em oposição ao outro, que planeja taticamente. Bastante delicado é colocar ambos para impulsionar uma organização. E também é vital saber a diferença entre os dois.
Fatores que matam um líder
Algumas ações são proibitivas para verdadeiros gestores, para aqueles que realmente querem ser considerados líderes. Entre elas poderíamos citar o fato que um líder nunca pode estar distante do que se passa com seus colaboradores. Deve entendê-los muito bem. Em resumo, ser capaz de exercer a empatia. Dois outros fatores que matam um líder é não ter a capacidade de ação rápida e a dificuldade em correr riscos.
Liderança é um dom?
A teoria nos afirma que apenas 30% dos líderes nascem com aptidão para tal. Os outros 70% são resultado de um processo de construção através da vivência, sabendo aproveitar os pontos positivos para avançar e os negativos para reestruturação da própria ação. A literatura a respeito é unânime em afirmar que é a capacidade de construir relações a característica mais importante, seguida da habilidade em buscar soluções para problemas e a tomada rápida de decisões. Pouco adianta uma inteligência superior ou uma gama de conhecimentos, colocados muitas vezes goela a baixo de pares (parceiros de trabalho) e até mesmo dos subordinados, se, na primeira oportunidade, procura se desfazer do que recebeu como se fosse uma bagagem incômoda.
Poderíamos dizer então que a diferença está na personalidade desses gestores líderes, na sua essência. Eles são extremamente brilhantes, assertivos, persuasivos, empáticos e flexíveis. Correm riscos. São sociáveis, demonstrando um nível saudável de ceticismo e estão abertos a novas idéias. Renato Requião Munhoz da Rocha tem uma frase que sempre fala e gosto muito: "Administradores são seguidos porque são chefes; líderes são seguidos porque acreditamos neles”.
22 abril, 2009
E como vai o Ensino Médio??
Frequentemente assistimos, entre decepcionados e indignados, críticas contundentes
que invadem as ondas da internet, com referência ao desempenho de nossos alunos nos vestibulares, que sem sombra de dúvidas, nos atingem em cheio!
Afinal, como vai o nosso Ensino Médio??? O que estamos ou não, conseguindo ensinar?
Vale a reflexão!!
Um abraço, Ana Celina
A importância didática e estratégica do ensino médio
É grande o número de educadores que manifestam dúvidas e entendimentos equivocados sobre o ensino médio. Isso porque o público atendido – adolescentes em geral – se distancia da visão pueril e dependente das crianças, pois já goza de uma relativa autonomia pessoal, sem contudo alcançar a liberdade plena dos adultos e do ensino superior. E também porque o próprio Poder Público não parece direcionar excessiva importância a essa modalidade intermediária da aprendizagem formal.
Os debates acalorados que costumeiramente presenciamos sobre educação tomam duas vertentes bem claras: de um lado se discutem as enormes mazelas sociais que atingem as crianças brasileiras, enfocando o ensino básico com seu caráter assistencial, até mesmo como único meio de sobrevivência de alguns alunos. E de outro se intensificam os questionamentos éticos e políticos sobre a qualidade dos milhares de cursos universitários em funcionamento no país, alguns deles com métodos empresariais pouco ortodoxos. Mas praticamente nada se fala a respeito do ensino médio, como se fosse um item sem importância na agenda educacional ou uma mera passagem burocrática para a universidade.
A primeira coisa que se pode dizer a respeito dessa modalidade é que ainda não é obrigatória. A LDB (Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996) dispõe, equivocadamente, a nosso ver:
Art. 4º – O dever do Estado com a educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de:
I – ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria;
II – Progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio.
Pois é. Embora nossa atual lei de diretrizes seja a mesma desde 1996, essa “progressiva extensão de obrigatoriedade” ainda não se concretizou. Ao contrário do ensino fundamental, que é obrigatório há muito tempo, ficou apenas na idéia a intenção de compelir todos os estudantes brasileiros a cursarem também o ensino médio. Quaisquer pais que não matricularem seus filhos com seis anos completos nos anos iniciais do ensino fundamental podem ser punidos até criminalmente, por caracterizar-se “abandono intelectual”, previsto no Art. 246 do Código Penal. Mas não há nenhuma conseqüência legal se os liberarem dos estudos ao concluírem o nono ano.
Antes que se diga que essa regra é um prato cheio para os preguiçosos e irresponsáveis, ou se lamente a falta de sensibilidade do legislador, vamos convir que o número de vagas disponíveis no país entre estabelecimentos públicos e particulares de ensino médio não daria conta da demanda. Mas ao impor uma data certa para que o curso se torne compulsório a todos os adolescentes brasileiros – e essa data ainda não existe – certamente os sistemas de ensino teriam uma motivação extra para providenciar o que falta.
O ensino médio, de acordo com a mesma LDB em seus Artigos 35 e 36, compreende a etapa final da educação básica. Tem como finalidades:
A consolidação e aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental. Melhor estruturados emocional e intelectualmente, os educandos passam a ter acesso à maior solidez de conhecimentos nas diversas áreas do saber.
Preparação básica para o trabalho e cidadania. Talvez como ponto primordial, a questão profissional ganha destaque junto ao educando, bem como sua integração como cidadão brasileiro.
Aprimoramento do educando com formação ética e desenvolvimento da autonomia intelectual e pensamento crítico. Em sua passagem para a vida adulta, o ensino médio impõe a responsabilidade pessoal do aluno, preparando-o para desenvolver sua própria opinião.
Compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos. Agora habilitado a desenvolver, na prática, os conceitos teóricos apresentados no ensino fundamental, o estudante passa a ter acesso mais profundo à evolução científica e suas aplicações na vida.
Certamente se destaca a preparação para o trabalho como item preponderante dessa modalidade de ensino, que não constava na pauta da educação fundamental e passa a ser a tônica dos alunos em formação, face à enorme competitividade no mercado de trabalho e a demanda cada vez maior por profissionais qualificados. Por esse motivo, o Decreto 5154, de 23 de julho de 2004, voltou a permitir a educação profissional técnica integrada ao ensino médio, desde que seja desenvolvida de forma articulada com as disciplinas regulares.
Em outras palavras, a importância estratégica do ensino médio é tamanha, que o próprio Poder Público o incentiva como meio de formação profissional da população, ao mesmo tempo em que oferece subsídios de conhecimento para os educandos que mais tarde cursarão o nível superior. Aos mantenedores de estabelecimentos educacionais, é hoje facultado oferecer o ensino médio regular ou concomitante com as disciplinas direcionadas ao exercício de profissões técnicas.
Para quem duvida dessa importância, basta imaginar com o país iria funcionar sem os profissionais de nível médio.
Célio Müller é advogado especializado em Direito Educacional e autor do Guia Jurídico do mantenedor educacional (Editora Erica). Visite o site: www.advocaciaceliomuller.com.br
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20 abril, 2009
Como fazer uma boa escola ?
Muitas vêzes,o dia a dia da nossa rotina escolar, nos faz cair em ações repetitivas e desestimulantes. Uma escola viva, é aquela que mantém viva a chama do desejo de saber, descobrir e construir conhecimentos. Na medida que vivenciamos nosso grupo, (im porque,
se convivemos diáriamente por várias horas com um grupo de pessoas, isso já vai muito além de convívio, é vivência existencial mesmo) temos por dever deixar nossa " marca " produtiva,impressa na história desse grupo não acham?
Com essa visão, trago-lhe a palavra de uma mestra em Educação Gilda Lück, para que possamos aprender com ela a dar uma repaginada em nossa vida escolar.
Um abraço, Ana Celina
Como fazer uma boa escola?
Por Gilda Lück
Em uma típica manhã Curitibana, nublada e chuvosa, um grupo de crianças da Escola Municipal CEI Rita Anna de Cássia visita a casa da família de Poty Lazarotto. Para isso, durante praticamente 12 semanas, os alunos fizeram uma releitura de toda a sua obra e estudaram sua técnica de pintura – que o tornou tão famoso. Também conheceram sua biografia, fixando-se principalmente na infância do artista, passada no mesmo bairro onde residem, com experiências de vida semelhantes a delas; tudo isso dentro do eixo arte-psicomotricidade. Em outro bairro, não muito longe dali, no CAIC Guilherme Lacerda Braga Sobrinho, professores de várias áreas e alunos organizam-se para a exposição que irá demonstrar o desenvolvimento do projeto realizado com foco na consciência ambiental: Repensando o uso dos materiais em busca da sustentabilidade.Esses são apenas dois dos muitos exemplos de programas estabelecidos dentro do próprio sistema de ensino. Ou ainda, simplesmente ações isoladas desses ou daqueles professores que juntam suas forças em prol de uma educação melhor para seus alunos. Mas será que somente o envolvimento e o comprometimento de nossos educadores fazem a diferença no ato de educar e de aprender? Apesar de ser o ponto central do processo, existem outras “lições” que fazem acontecer.
O que faz uma boa escola? Bons resultados no vestibular? Boas notas nos boletins dos alunos? Uma escola onde a maioria dos alunos fica para exames ou reprova? (Parece incrível, mas conheço alguns professores que ainda acham que são excelentes profissionais porque reprovam, em séries mais avançadas, grande parte da turma.) Será que uma boa escola é aquela que considera uma turma pequena, com um professor medíocre, melhor do que uma turma grande com professores líderes inspiradores?Podemos pensar na frase do professor Dr. Francisco Fialho, da Universidade Federal de Santa Catarina, “professores entusiasmados, alunos encantados”. Uma boa escola é uma comunidade de pais, professores, funcionários e gestores que, em uma maioria muito mais significativa do que pensamos – apesar de sobrecarregada com uma variedade de tarefas pedagógicas e não-pedagógicas, e um rendimento financeiro medíocre –, executa um trabalho em busca do crescimento próprio e dos educandos sob sua responsabilidade. Algumas lições que esses educadores têm para nós:
Atividades extracurriculares Possuir um bom programa, que desperte o interesse, curiosidade e motivação dos alunos, parceiros e outros professores, pode acrescentar um resultado bastante significativo. Estabelecer parcerias com fontes da comunidade também é um excelente diferencial, principalmente quando atinge o sucesso.
Tecnologia como ciência
O uso das ferramentas tecnológicas desperta nas crianças e adolescentes um desafio motivador. Isso porque nossos educandos têm a mente aberta para agregar o novo com mais facilidade do que os adultos. Porém, ferramentas tecnológicas são caras. Entretanto, é possível realizar um trabalho de alfabetização tecnológica, por exemplo, baseado em sucata e artes. Ou seja, utilizar a criatividade e recursos disponíveis respeitando outro tipo de tecnologia: da idéia.
Profissionais preparadosIncrementar e desenvolver a competência profissional das pessoas que fazem parte de nossa escola deve ser uma preocupação constante. Não quero dizer com isso que devamos bancar esse desenvolvimento, mas sim possibilitar. Muitas escolas não permitem que seus professores profiram palestras ou desempenhem outras tarefas em organizações que não pertençam ao mesmo sistema ou ao mesmo grupo. Isso é coisa do século passado! Se agirmos dentro de princípios éticos, a convivência com instituições diferentes das que trabalhamos possibilitará a observação, percepção e análise de outra realidade, assim como dará a oportunidade de exercitar a consciência social e cidadã. Realizando um desenvolvimento harmonioso de nossos profissionais, teremos uma instituição que olha para dentro de si mesma e sabe que é mais gratificante e prazeroso ser melhor “com” do que melhor “de”.
Número ideal Todos nós gostaríamos de classes com poucos alunos. Porém, muitas vezes a realidade é outra. Para cada série existe um número ideal, nem sempre pequeno, considerado mais ou menos um “ponto ótimo”, o qual ajuda – não só no gerenciamento da papelada de correção e burocracia – no preparo das aulas com um tempo significativo para isso e também para o desenvolvimento social, possibilitando opções de relacionamentos de amizade e coleguismo no grupo.
Como podemos ver nesses aspectos, os professores realizadores buscam diferenciais. Um exemplo pessoal: minha professora de piano, Dona Sarita, foi na realidade quem me despertou para o gosto da leitura. Quando eu dizia “Isso eu não sei“, ela repetia em seguida: “Você não sabe ainda.” Essa atitude me despertou uma autoconfiança de que eu poderia aprender o que quisesse e que nada era tão difícil. Sentia-me motivada para descobrir por conta própria e ler sobre qualquer assunto.
Gestores, vamos incentivar os professores a serem diferentes, a tentar, a ousar. Assim construímos uma boa escola.
Gilda Lück é assessora pedagógica do grupo Dom Bosco, mestre em Educação pelo Lesley College (EUA) e doutora em Engenharia da Produção. E-mail: egopedagogia@ig.com.br
15 abril, 2009
Você está preparado para supervisionar uma equipe??
Por motivo de força maior, estive afastada do blog por um período .
Porém agora, com a questões pendentes solucionadas retomo minha condição de blogueira,
da qual muito me honro, por contar com a parceria e amizade de vocês.
Sempre procupada com o perfil do gestor de qualquer área e em particular com o gestor escolar, procuro me informar sobre que há de mais atualizado sendo tratado no Brasil nesta área, buscando fazer deste blog, ferramenta de difusão de conhecimentos.
Um abraço, Ana Celina
Você está preparado para supervisionar uma equipe?
Por Nilo Sérgio Borges
A Administração Pública está em mudança. Durante dezenas de anos, vivemos períodos da Administração Púbica Patrimonialista, que era a extensão do poder soberano. Em outras épocas foi a vez da Administração Pública Burocrática, centrada no poder regional Legal.
Atualmente, a proposta é de mudanças: a implantação da Administração Púbica Gerencial, em virtude da expansão das funções econômicas e sociais do Estado, do desenvolvimento tecnológico e a globalização da economia mundial.
O diferencial desta nova proposta está na forma de controle, que deixa de ser focada nos processos e passa a direcionar nos resultados. Está comprovado que em escolas com objetivos e metas definidas, os resultados são melhores, pois seus alunos estão mais bem preparados face à uma série de fatores. Destaca-se a atuação dos gestores que estão desenvolvendo maior eficácia e "contaminando" o desempenho dos professores, que estão tornando a aprendizagem em algo agradável e prazeroso.
O papel do gestor na escola é torná-la sedutora para os alunos. Se a sociedade está em constante mudança, principalmente tecnológica, a educação não pode andar a reboque neste processo. Dessa forma, é preciso redesenhar o perfil do gestor nas escolas. Novos paradigmas precisam ser quebrados.
Ao fazermos uma retrospecção no tempo, veremos o seguinte quadro: o antigo supervisor (gestor), tinha como principais atividades: controlar, dar ordens, mandar fazer, procurar respostas e culpados, disciplinar, normatizar, definir processos, analisar o desempenho e, até mesmo, ter ações reativas em razão da hierarquia. Hoje falamos sobre a prática do coaching, que é um relacionamento no qual uma pessoa se compromete a apoiar outra a atingir determinado resultado: seja ele o de adquirir competências ou produzir uma mudança específica. Coaching é uma relação sólida e consciente entre supervisor e colaborador e é, também, uma relação dinâmica que permite romper antigos paradigmas e estabelecer novas fronteiras.
O líder Coach (que pratica o coaching), estimula o liderado a identificar seus valores essenciais e a expressá-los, desenvolvendo uma postura de integridade pessoal. Ele leva o conduzido a "sonhar acordado", a criar para si mesmo uma visão de futuro que o entusiasme e que utilize ao máximo sua energia criadora.
Com isso, aquele antigo supervisor passa a ter um outro perfil em que favorece a mudança para o liderado, de modo a facilitar a compreensão. Assim, esclarece dúvidas, concede poder, pratica a administração participativa e favorece o desenvolvimento da criatividade e da intuição. Forma times de trabalho, age de foram proativa e estabelece um contrato mútuo para atingir resultados. O líder Coach pratica e utiliza a inteligência emocional, que está relacionada a habilidades tais como: motivar a si mesmo e persistir mediante fracassos frustrações (prática da resiliência), controlar impulsos, canalizar emoções para situações apropriadas, motivar pessoas ajudando-as a liberarem seus melhores talentos e, finalmente, conseguir seu engajamento a objetivos de interesses comuns.
Faz-se necessário desenvolver a inteligência emocional – segundo Daniel Goleman, autor da tese sobre o assunto – em suas cinco áreas de habilidades:
Autoconhecimento Emocional – reconhecer um sentimento enquanto ele ocorre.
Controle Emocional – habilidade de lidar com seus próprios sentimentos, adequando-os para a situação.
Automotivação – dirigir emoções a serviço de um objetivo; essencial para manter-se sempre em busca.
Reconhecimento de emoções em outras pessoas.
Habilidade em relacionamentos interpessoais.
Com essas características pessoais assimiladas, como esse novo líder deve atuar em sua unidade de trabalho?
Em primeiro lugar, desenvolvendo as competências necessárias para atuação: competência técnica, administrativa e relacional.
Recomenda-se que o supervisor mantenha uma distância razoável das tarefas, para que não vire um "tarefeiro". O mais recomendável é que ele tenha uma visão muito clara dos processos e que estabeleça alguns critérios importantes para verificação e controle do andamento das atividades. A chave do sucesso está no planejamento, pois nele são definidos os objetivos, as metas e os meios necessários para a realização das atividades.
O sucesso da gestão em uma escola, indústria ou comércio depende das equipes que as compõem, e como elas são lideradas. Nesse caso, alguns fatores são essenciais para o sucesso da equipe:
A existência de um objetivo comum, visível para os todos os membros.
Uma divisão de papéis ou de tarefas.
A existência de algum tipo de relacionamento entre as pessoas.
A percepção da possibilidade de se levar a cabo uma ação conjunta.
O sentimento de pertencer.
A história do grupo e a influência do ambiente externo.
Nilo Sérgio Borges é pós-graduado em Administração de RH pela FGV-SP e Pedagogia pela USP. Possui sólida experiência em consultoria com foco em Treinamento e Desenvolvimento de Supervisores. Atualmente é consultor do IDORT/SP.
14 março, 2009
Site de Livros
13 março, 2009
A História das Coisas
Amigos , cliquem neste link e reflitam sobre a urgência da conscientização de uma tomada de posição de cada um de nós, sobre a destruição contínua de nosso planeta.
O consumo desordenado e o descaso com a preservação ambiental, certamente condenarão as futuras gerações à consequências desastrosas.
Cada um de nós é responsável pelo caos ambiental que se avizinha.
Um abraço, Ana Celina
26 fevereiro, 2009
Treinamento docente gera desenvolvimento discente

Sempre atenta à tudo o que possa contribuir para o sucesso escolar de alunos e professores,trago hoje um artigo que considerei de valiosa importância, neste recomeço de atividades e planejamento de várias metas a serem atingidas ao longo do período letivo e de toda nossa vida profissional.A palavra fica com o especialista Wagner Campos, que em muito irá nos esclarecer.Aproveitem !!Um abraço , Ana Celina .
Wagner Campos é Consultor em Gestão Empresarial e Palestrante. Diretor da True Consultoria.Administrador de empresas, Especialista em Marketing e Formação de Professores para o Ensino Superior; Coordenador e Professor dos cursos de Marketing, Comércio Exterior, Logística Empresarial e Recursos Humanos. Visite: www.trueconsultoria.com.br.
Há espaço pra professor no hospital
Agora que o ano realmente começa, seguindo uma tradição essencialmente brasileira, vamos tratar de um assunto muito importante: a escolarização de alunos sob internação hospitalar. Tal recurso, ainda muito pouco utilizado em nosso país, deve ser conhecido e estudado profundamente, por todos nós que dedicamos nossas vidas à causa da Educação.
Para esclarecer bem mais e melhor o assunto, trago um artigo publicado na Revista Profissão Mestre, que certamente aclara sobremaneira a questão e nos informa ainda mais, sobre a cada vez maior importância do trabalho dos educadores.

Por Renata Sklaski, publicado na revista Profissão Mestre.
14 fevereiro, 2009
Ser ou Estar Professora ...
Em algumas palestras sobre Gestão Escolar , sempre usei uma expressão que expressa a
instabilidade com a qual convivemos ao longo da nossa vida: "Não somos gestores, estamos gestores"!
Vivemos hoje alguma situação pessoal ou profissional, que amanhã pode ser totalmente diferente, motivada por razões inesperadas que fogem ao nosso controle e planejamento, ou seja, convivemos com o inesperado.
E é sobre esse tema intrigante para todo ser humano, que trago paa vocês, algumas considerações de uma especialista, para agregar valor à essas ponderações.
Que essa leitura promova um "mergulho" em seu interior e que vc volte à tona conhecendo -se mais e melhor , como fez em mim.
Ana Celina

SER OU ESTAR PROFESSORA...
Ser professora é assumir integralmente a condição de educar, como profissão e como modo de vida.
Ser professora é mais do que se afirmar como educadora, pois a função de educadora não exige ser professora, mas a profissão de professora implica ser permanentemente educadora. Educador ou educadora devem ser todas as pessoas. Na escola, é preciso legitimar como educador o porteiro que recebe as crianças e as famílias, assim como as orienta e se despede delas em nome da escola; é preciso reconhecer e autorizar a ação educadora do pessoal da secretaria, do pessoal de apoio. São educadores e educadoras em trabalho educativo. Mas não são professores, nem professoras.
Já professores e professoras, no exercício legal de uma profissão para a qual foram preparados e permanecem em aprendizagem, são educadores e educadoras, também. Daí ser necessário fazer uma (re)leitura de nossos discursos, de nossas práticas e de nossas teorias que defendem a aplicação de diferentes nomes a nossa profissão. Mudamos ao sabor desses nomes ou eles mudam em função de nossa ação?
Gosto de ser professora... Ser professora exige investir em aperfeiçoamento permanente, na sede de aprender sempre, sem vacilar...
Ser professora é viver o cotidiano sem a opacidade da rotina instalada, sem se permitir aplicar desimportância ao que acontece em torno.
Algumas pessoas declaram “Estar professora”... Essa afirmação me dá mais uma idéia de transitoriedade do que de ligação entre o estado da pessoa e a função. A idéia que tenho, em torno dessa afirmação, é de que a pessoa deixará de ser professora num dado momento, como se não fosse um compromisso de longo prazo, de vida... Parece-me ser mais fácil: permite vestir uma profissão momentaneamente e ser coerente com ela apenas no exercício da função. Parece, também, permitir assumir a condição de educadora, ou não, apenas durante o tempo em que se está professora...
Estar professora exige o estudo como meio de ascensão na carreira, como atendimento a exigências institucionais. Estar professora é optar por estar e não por ser.
Tenho optado por ser professora, não deixando de sê-lo quando estou fora da sala de aula. Não abro mão dessa condição. Não estou dizendo com isso que durante todo o tempo estarei ministrando aulas, mas continuarei sendo professora na maneira de ver o mundo e de agir nele. Sou professora por opção de vida e, por conseguinte, não descarto da minha maneira de viver e de ser esta faceta de minha identidade.
Assim, também, não deixo de ser mãe, não deixo de ser católica, não deixo de ser mulher, não deixo de ser negra, não deixo de ser filha, não deixo de ser amiga, irmã, brasileira... Sou inteira, não sou parte.
Estive chefe, estive doente, estive estrangeira, estive ausente, estive longe... Não sou chefe, sou professora; não sou doente, sou gente; estive ausente, mas prefiro ser presente, ser o próximo para que você me ame “como a si mesmo...” e não estar longe, mas ficar perto, sendo e não estando...
E você? Ser ou estar, eis a questão...
Marisa Valladares é professora do depto. de Política, Educação e Sociedade, do Centro de Educação da Universidade Federal do Espírito Santo. Mestre em Educação e doutoranda em Educação - com concentração de estudos em Currículo e Formação de Professores. Trabalha com Didática, Metodologia do Ensino Superior, Estágio na Licenciatura de Geografia. Foi professora da educação básica em todos os segmentos - desde a educação infantil até ao ensino médio - em escolas públicas (zona urbana e zona rural) e em escolas privadas de pequeno e grande porte. Adora ser professora e eterna aprendiz!
13 fevereiro, 2009
Fazendo Educação: sites e blogs
Visitem, pesquisem, criem e levem novidades para suas escolas !
Façam acontecer!
Bom fim de semana, Ana Celina
Blogs (e alguns sites) da semana:
http://claudiocursini.blogspot.com/
http://www.depoisdaaula.com/
http://mexaletras.blogspot.com/
http://http://www.professorrenato.com/
http://www.aprenderecia.blogspot.com/
http://www.lulukinha-luluka.blogspot.com/
http://educasempre.blogspot.com/
http://www.fabianoraco.com/
http://au.alencar.zip.net/
http://www.piratapoeta.blogspot.com/
Projetos Multidisciplinares
de uma especialista de primeira linha ! Vejam só !! Ana Celina
Por que Trabalhar Projetos Multidisciplinares?
Projeto multidisciplinar é um ótimo recurso para ensinar desde os anos iniciais, pois além de motivador, esta ferramenta faz com que os alunos construam seus conhecimentos interligando as diversas áreas da aprendizagem; faz com que os alunos compreendam as relações existentes entre as linguagens e dão a eles a oportunidade de transformar a sala de aula em uma comunidade de investigação e pesquisa. O projeto multidisciplinar constitui uma condição para a melhoria da qualidade do ensino, pois supera a clássica fragmentação existente entre as disciplinas e contribui para a formação global do educando. Ao estabelecer um diálogo entre os conteúdos, levantam-se questões interdisciplinares e identificam-se pontos comuns entre eles, levando o educando a um melhor entendimento do mundo concreto e à compreensão destas relações. Desenvolver competências e habilidades são as palavras de ordem na educação contemporânea, e isso significa possibilitar que os alunos adquiram os saberes fundamentais, que os preparem para a nova realidade social e para o mercado de trabalho; neste sentido, o professor precisa mudar sua postura frente à classe, ou seja, proporcionar atividades que integrem as diversas disciplinas e que façam com que o aluno aprenda a identificar, avaliar, formar, analisar situações e relações, cooperar, agir, participar, partilhar, organizar, construir, elaborar conceitos e gerenciar, que são saberes fundamentais para a construção da autonomia. Baseado neste discurso, eu acredito que Projetos Multidisciplinares, ao permitirem uma interrelação entre as disciplinas do currículo escolar, passam a ter fundamental importância no desenvolvimento de tais competências e habilidades, visto que no dia-a-dia proporcionam o exercício da busca e da descoberta, aguçando a curiosidade, a criatividade e aumentando no aluno a capacidade de dominar novas informações e relacioná-las com as antigas; fatores primordiais para o sucesso da aprendizagem. Projetos multidisciplinares promovem a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade. O que é isso? É identificar os pontos comuns, as relações existentes entre os conteúdos e transportá-los também para as suas ações diárias, contextualizá-los. É fazer com que os conteúdos aprendidos na escola tenham aplicabilidade e tenham significado na vida cotidiana do educando; ou seja, que não sejam apenas “matérias” isoladas, sem sentido, decoradas apenas para fazer prova. Estas ligações podem facilitar o processo de ensino-aprendizagem, uma vez que constroem o conhecimento de forma prazerosa, participativa e interessante, resgatando o gosto de aprender. O conhecimento construído através dos Projetos Multidisciplinares deve possibilitar a análise crítica de valores sociais, desenvolver o respeito mútuo – uma vez que requer uma maior interação entre os alunos – e fortalecer a aquisição de hábitos saudáveis, pois faz com que o aluno se reconheça como elemento integrante do processo e permite maior conscientização sobre os diversos aspectos relacionados às situações cognitivas, afetivas e sociais ao permitir o uso de estratégias individuais e grupais nas práticas e resoluções de problemas.
Um Projeto Multidisciplinar bem planejado, onde a equipe pedagógica esteja realmente envolvida, que não seja imposto, que motive e seja direcionado para o interesse da turma, tende a obter sucesso, mas é, sem dúvida, uma tarefa que requer grande esforço de todas as partes, pois exige a ruptura com o ensino reprodutor e com o saber parcelado que é onde existe a divisão do pensamento e do conhecimento. Exige uma contínua interinfluência entre teoria e prática de modo que se enriqueçam reciprocamente; e exige intervenção e avaliação continuada. Enfim, o pensar e agir interdisciplinar e multidisciplinar se apoia no princípio de que nenhuma fonte de conhecimento é em si mesma completa, e que ao se interagirem surgem novos desdobramentos na compreensão da realidade e de sua apresentação.
As pipas podem ser um ótimo exemplo ou recurso para ensinar Português, Matemática, Geografia, Artes, História, Educação Física, Ciências, Química, Física e valores.
Trabalhada de forma interdisciplinar e multidisciplinar, desenvolve a criatividade, a coordenação psicomotora, o espírito de equipe; incentiva a pesquisa, a leitura e a produção de texto; resgata brincadeiras populares, ensina formas geométricas, medidas e sistema métrico; a diversidade cultural; prevenção de acidentes; fundamentos físicos, misturas e processos químicos; grandes descobertas a partir da dinâmica do voo da pipa; enfim, com um pouco de criatividade, o professor pode navegar pelo conteúdo de sua disciplina utilizando recursos inimagináveis, reorganizando, refazendo, replanejando, reavaliando sua prática e reinventando a educação de qualidade.
Vanja Ferreira – Mestre em Educação, pedagoga, coordenadora pedagógica, escritora, docente universitária, educadora física, gestora escolar e Prêmio Victor Civita Professor Nota 10.
10 fevereiro, 2009
Prontos para a largada!!

Olá amigos !
Que 2009 seja um bom ano para todos nós, e certamente o será .
04 janeiro, 2009
Receita de Ano Novo
Para que este novo ano comece com grandes possibilidades de ser um sucesso, fui buscar
uma receita dada por ninguém menos que Drummond!
Aproveitem as férias porque em breve voltaremos a falar sobre Gestão !
Bjão , Ana Celina
Receita de ano novo
Para você ganhar belíssimo Ano Novo cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido (mal vivido talvez ou sem sentido) para você ganhar um ano não apenas pintado de novo, remendado às carreiras, mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo até no coração das coisas menos percebidas (a começar pelo seu interior) novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, mas com ele se come, se passeia, se ama, se compreende, se trabalha, você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita, não precisa expedir nem receber mensagens (planta recebe mensagens? passa telegramas?)
Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido pelas besteiras consumidas nem parvamente acreditar que por decreto de esperança a partir de janeiro as coisas mudem e seja tudo claridade, recompensa, justiça entre os homens e as nações, liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.
Carlos Drummond de Andrade