15 abril, 2009

Você está preparado para supervisionar uma equipe??

Caros amigos(as)

Por motivo de força maior, estive afastada do blog por um período .
Porém agora, com a questões pendentes solucionadas retomo minha condição de blogueira,
da qual muito me honro, por contar com a parceria e amizade de vocês.
Sempre procupada com o perfil do gestor de qualquer área e em particular com o gestor escolar, procuro me informar sobre que há de mais atualizado sendo tratado no Brasil nesta área, buscando fazer deste blog, ferramenta de difusão de conhecimentos.
Um abraço, Ana Celina





Você está preparado para supervisionar uma equipe?



Por Nilo Sérgio Borges



A Administração Pública está em mudança. Durante dezenas de anos, vivemos períodos da Administração Púbica Patrimonialista, que era a extensão do poder soberano. Em outras épocas foi a vez da Administração Pública Burocrática, centrada no poder regional Legal.
Atualmente, a proposta é de mudanças: a implantação da Administração Púbica Gerencial, em virtude da expansão das funções econômicas e sociais do Estado, do desenvolvimento tecnológico e a globalização da economia mundial.
O diferencial desta nova proposta está na forma de controle, que deixa de ser focada nos processos e passa a direcionar nos resultados. Está comprovado que em escolas com objetivos e metas definidas, os resultados são melhores, pois seus alunos estão mais bem preparados face à uma série de fatores. Destaca-se a atuação dos gestores que estão desenvolvendo maior eficácia e "contaminando" o desempenho dos professores, que estão tornando a aprendizagem em algo agradável e prazeroso.
O papel do gestor na escola é torná-la sedutora para os alunos. Se a sociedade está em constante mudança, principalmente tecnológica, a educação não pode andar a reboque neste processo. Dessa forma, é preciso redesenhar o perfil do gestor nas escolas. Novos paradigmas precisam ser quebrados.
Ao fazermos uma retrospecção no tempo, veremos o seguinte quadro: o antigo supervisor (gestor), tinha como principais atividades: controlar, dar ordens, mandar fazer, procurar respostas e culpados, disciplinar, normatizar, definir processos, analisar o desempenho e, até mesmo, ter ações reativas em razão da hierarquia. Hoje falamos sobre a prática do coaching, que é um relacionamento no qual uma pessoa se compromete a apoiar outra a atingir determinado resultado: seja ele o de adquirir competências ou produzir uma mudança específica. Coaching é uma relação sólida e consciente entre supervisor e colaborador e é, também, uma relação dinâmica que permite romper antigos paradigmas e estabelecer novas fronteiras.
O líder Coach (que pratica o coaching), estimula o liderado a identificar seus valores essenciais e a expressá-los, desenvolvendo uma postura de integridade pessoal. Ele leva o conduzido a "sonhar acordado", a criar para si mesmo uma visão de futuro que o entusiasme e que utilize ao máximo sua energia criadora.
Com isso, aquele antigo supervisor passa a ter um outro perfil em que favorece a mudança para o liderado, de modo a facilitar a compreensão. Assim, esclarece dúvidas, concede poder, pratica a administração participativa e favorece o desenvolvimento da criatividade e da intuição. Forma times de trabalho, age de foram proativa e estabelece um contrato mútuo para atingir resultados. O líder Coach pratica e utiliza a inteligência emocional, que está relacionada a habilidades tais como: motivar a si mesmo e persistir mediante fracassos frustrações (prática da resiliência), controlar impulsos, canalizar emoções para situações apropriadas, motivar pessoas ajudando-as a liberarem seus melhores talentos e, finalmente, conseguir seu engajamento a objetivos de interesses comuns.
Faz-se necessário desenvolver a inteligência emocional – segundo Daniel Goleman, autor da tese sobre o assunto – em suas cinco áreas de habilidades:


Autoconhecimento Emocional – reconhecer um sentimento enquanto ele ocorre.
Controle Emocional – habilidade de lidar com seus próprios sentimentos, adequando-os para a situação.
Automotivação – dirigir emoções a serviço de um objetivo; essencial para manter-se sempre em busca.
Reconhecimento de emoções em outras pessoas.
Habilidade em relacionamentos interpessoais.

Com essas características pessoais assimiladas, como esse novo líder deve atuar em sua unidade de trabalho?
Em primeiro lugar, desenvolvendo as competências necessárias para atuação: competência técnica, administrativa e relacional.
Recomenda-se que o supervisor mantenha uma distância razoável das tarefas, para que não vire um "tarefeiro". O mais recomendável é que ele tenha uma visão muito clara dos processos e que estabeleça alguns critérios importantes para verificação e controle do andamento das atividades. A chave do sucesso está no planejamento, pois nele são definidos os objetivos, as metas e os meios necessários para a realização das atividades.

O sucesso da gestão em uma escola, indústria ou comércio depende das equipes que as compõem, e como elas são lideradas. Nesse caso, alguns fatores são essenciais para o sucesso da equipe:


A existência de um objetivo comum, visível para os todos os membros.
Uma divisão de papéis ou de tarefas
.
A existência de algum tipo de relacionamento entre as pessoas.
A percepção da possibilidade de se levar a cabo uma ação conjunta.
O sentimento de pertencer.
A história do grupo e a influência do ambiente externo.


Nilo Sérgio Borges é pós-graduado em Administração de RH pela FGV-SP e Pedagogia pela USP. Possui sólida experiência em consultoria com foco em Treinamento e Desenvolvimento de Supervisores. Atualmente é consultor do IDORT/SP.

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