26 fevereiro, 2009

Treinamento docente gera desenvolvimento discente

Colegas!

Sempre atenta à tudo o que possa contribuir para o sucesso escolar de alunos e professores,trago hoje um artigo que considerei de valiosa importância, neste recomeço de atividades e planejamento de várias metas a serem atingidas ao longo do período letivo e de toda nossa vida profissional.A palavra fica com o especialista Wagner Campos, que em muito irá nos esclarecer.Aproveitem !!Um abraço , Ana Celina .

O ensino a distância é uma ferramenta eficaz e prática. Ainda está começando no Brasil, e precisa ser divulgada amplamente.Durante um curso de especialização em ensino a professora contou um fato que, apesar de ter me deixado na dúvida se era uma brincadeira ou algo real, achei muito interessante.Aconteceu o seguinte: um aluno, após todas as explanações da professora, comentou que não havia compreendido o que ela acabara de explicar. Logo após este comentário, a professora repetiu tudo, da mesma forma que anteriormente, com os mesmos exemplos, gestos e metodologia. Novamente, o aluno afirmou que não havia entendido. E a professora repetiu tudo, da mesma maneira, mas em tom ainda mais alto. Em seguida, o aluno olhou para a professora e disse: "Professora, eu falei que não compreendi o assunto, não que eu era surdo".Pode soar como uma ofensa para alguns, mas, na verdade, o que este comentário queria dizer é que cada aluno tem uma necessidade diferente. Possuem valores pessoais diferentes, experiências de vida, educação familiar e realidades diferentes. A necessidade daquele aluno não era que fosse repetido tudo o que já havia sido dito, mas sim que fosse explicado de uma outra forma, a qual ele pudesse compreender.Ensinar não se resume a simplesmente passar o conteúdo aos alunos e, sim, a saber compreender as necessidades, dificuldades e expectativas de cada um. Deve-se saber ouvir e ler o comportamento para, assim, poder contribuir mais positivamente para o desenvolvimento destes discentes.Como em uma empresa, existem profissionais com habilidades e competências específicas e que se destacam uns dos outros. O mesmo ocorre com os professores. Muitos têm habilidades para ensinar, contudo, precisam de mais competência para envolver os alunos. Por outro lado, há aqueles que possuem uma competência incomparável sobre o tema ou disciplina, porém faltam habilidades didáticas e metodológicas suficientes para transmitir o conhecimento e realizar um perfeito processo de ensino e aprendizagem entre aluno e professor.Qualquer uma destas situações é totalmente reversível. É utopia o docente acreditar que não precisa estudar e atualizar suas metodologias. Precisa, sim, realizar auto-avaliações constantemente para buscar pontos de necessidades de melhorias.Todos devem passar por reciclagens constantes através de cursos e treinamentos de capacitação pedagógica, com foco em metodologias, ética, desenvolvimento de materiais, dinâmicas, identificação do perfil dos alunos, entre outros. Com a evolução tecnológica existente, a população passou a ter acesso às informações de forma muito fácil e rápida, porém, muitas vezes, essas informações são retiradas exclusivamente de sites na internet, sem qualquer validação, comprometendo assim a qualidade da informação e conhecimento adquirido.Atualmente, as pessoas começam a trabalhar cada vez mais jovens e durante mais horas por dia. Há casos de não existir ensino superior próximo da cidade em que residem. Muitos não têm condições financeiras para se manter ou serem mantidos por seus familiares fora de suas casas.Lutar contra os recursos tecnológicos, como ensino a distância, por exemplo, é lutar contra sua própria atualização e desenvolvimento profissional. Comprovou-se no último resultado do Enade que as melhores notas obtidas foram provenientes de alunos do ensino a distância. É uma tendência real.O ensino a distância veio para ficar e ampliar a oportunidade de aprendizado a toda população, sem limites de raça, religião, idade e região. Da mesma forma, o professor precisa conhecer os tipos de informações disponíveis para, assim, orientar os alunos, bem como estar atualizado em relação aos meios tecnológicos existentes, contribuindo, orientando e acompanhando todo o aprendizado.Por mais que os professores apontem os alunos com rendimento inferior aos demais de sua classe, ou então com um comportamento indesejado, estes não devem ser rejeitados ou simplesmente penalizados, mas sim ouvidos e compreendidos. Tudo tem uma razão para acontecer dessa forma.Como muitos professores não são preparados para este tipo de situação, quando se deparam com estes casos, muitos tomam atitudes errôneas, perdem o controle, desistem de lecionar, enquanto outros até mesmo adoecem. Poucos aceitam o desafio e conseguem potencializar o desenvolvimento do aluno, transformando aquele pequeno pedaço de carvão em uma pedra preciosa.Assim, cabe à União, Estados e Municípios apresentar e desenvolver cursos de capacitação aos docentes para nível médio, fundamental, especial e superior, porém, não apenas um curso para falar que foi oferecido, mas sim com qualidade e conteúdos adequados para o desenvolvimento e reciclagem de professores. Mas a responsabilidade é também dos docentes, que deverão ter interesse e se envolver para este aprendizado e desenvolvimento profissional, pois de nada adianta esforço dos órgãos e entidades competentes sem interesse e dedicação dos profissionais docentes.Ser professor é mais do que ter uma atividade profissional. É preciso amar o que se faz. É preciso ter desejo de aprendizado constante e saber compreender que antes de ensinar, precisamos aprender. Aprender a ouvir, a respeitar as diferenças e a desenvolver o processo de aprendizagem criando o interesse no aluno. Sua aula deve ser a mais importante na vida do aluno. Deve ser aquela pela qual realmente valha a pena andar quilômetros para assistir, muitas vezes estar sem alimentação, sem banho tomado ou sem disposição física devido a um dia cansativo de trabalho. Sua aula deve ser a maior realização educacional e evolutiva na vida pessoal e profissional para seu aluno.

Wagner Campos é Consultor em Gestão Empresarial e Palestrante. Diretor da True Consultoria.Administrador de empresas, Especialista em Marketing e Formação de Professores para o Ensino Superior; Coordenador e Professor dos cursos de Marketing, Comércio Exterior, Logística Empresarial e Recursos Humanos. Visite: www.trueconsultoria.com.br.

Há espaço pra professor no hospital

Olá amigos!!

Agora que o ano realmente começa, seguindo uma tradição essencialmente brasileira, vamos tratar de um assunto muito importante: a escolarização de alunos sob internação hospitalar. Tal recurso, ainda muito pouco utilizado em nosso país, deve ser conhecido e estudado profundamente, por todos nós que dedicamos nossas vidas à causa da Educação.
Para esclarecer bem mais e melhor o assunto, trago um artigo publicado na Revista Profissão Mestre, que certamente aclara sobremaneira a questão e nos informa ainda mais, sobre a cada vez maior importância do trabalho dos educadores.
Classe hospitalar – Há espaço para o professor no hospital
Ao abrir a porta da enfermaria, já foi possível avistar Juliana, 9 anos, paciente da Ortopedia do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba. Internada para um sério tratamento no quadril e nas pernas, a garota pouco se importava com os tensores amarrados aos membros, que a impediam de fazer qualquer movimento fora da cama. Toda sua atenção estava voltada para a tela do notebook colocado em seu colo, no qual, pouco a pouco, ela construía o resultado da pesquisa que realizou sobre o funcionamento do aparelho respiratório.Com o acompanhamento da professora Sandra Carvalho, a menina montava uma apresentação da pesquisa, que teve início a partir da sua própria curiosidade sobre o ato de respirar. “Eu achava que eram duas veias que saíam do nariz e iam direto para o coração, e quando o coração batia mandava o ar para fora de novo”, conta. A partir da primeira hipótese da respiração feita pela menina, os professores do hospital a estimularam a pesquisar sobre o assunto, até descobrir a teoria correta. “Partindo da vontade dela de saber como funciona a respiração, nós levamos outros conhecimentos e ela estudou ciências, leu bastante, escreveu, e agora ela vai fazer uma apresentação em Powerpoint para mostrar aos colegas o que ela aprendeu. Isso significa disseminar conhecimento”, declara a assistente de coordenação do setor de Educação e Cultura do hospital, Maria Gloss.É nessa linha que funciona o trabalho realizado pela equipe de professores do Pequeno Príncipe. Formado por quatorze educadores – entre professores das redes municipal e estadual de ensino, além dos profissionais contratados pelo próprio hospital –, o setor de Educação e Pesquisa existe formalmente desde 2000, mas o atendimento escolar já é praticado na instituição desde 1989. Essa prática é apenas um exemplo do que hoje se conhece como pedagogia hospitalar.A primeira classe hospitalar do país surgiu na cidade do Rio de Janeiro, no início da década de 50, no Hospital Municipal Jesus, e se tornou referência nacional no âmbito da educação especial transitória por manter suas atividades em funcionamento ininterruptamente até os dias de hoje. A importância das classes hospitalares já é reconhecida legalmente por meio do Estatuto da Criança e do Adolescente Hospitalizado, na resolução nº 41 de outubro de 1995, que em seu item 9 fala sobre o “Direito de desfrutar de alguma forma de recreação, programas de educação para a saúde, acompanhamento do currículo escolar durante sua permanência hospitalar”. Em novembro de 2000, foi aprovada a lei 10.685, que determina que hospitais ofereçam às crianças e adolescentes um bom atendimento educacional, que permita o desenvolvimento intelectual e pedagógico, bem como o acompanhamento do currículo escolar. Porém, mesmo com a pr evisão legal, a prática não é corriqueira. Ainda não são todos os hospitais pediátricos brasileiros que dispõem de uma estrutura adequada. Em todo o Estado de São Paulo, por exemplo, há cerca de 35 classes hospitalares em funcionamento – um número considerado pequeno perto do número de internações infantis.A pedagogia hospitalar é um assunto em voga. Desde o surgimento da lei de 2000, vários cursos de especialização na área foram surgindo no país, o que vem chamando a atenção de pedagogos e educadores que desejam exercer a profissão em outro espaço, fora da escola. Entre as matérias ministradas nos cursos de especialização, estão “Infecção Hospitalar”, “Brinquedotecas em Hospitais”, “Psicopedagogia Hospitalar” e “Políticas de Humanização dos Sistemas de Saúde”. Porém, a necessidade de um preparo especial para atuar em classes hospitalares levanta polêmica, principalmente entre os profissionais que já atuam no setor. “Particularmente, não acho que seja necessária a especialização em educação hospitalar. A nossa equipe é composta por quatorze professores, todos com anos de experiência em sala de aula, e não tem nada que nós façamos aqui que não tenhamos feito na escola. O que precisamos é de bons professores” , declara o coordenador do setor de Educação e Cultura do Pequeno Príncipe, Cláudio Teixeira, que é psicólogo e desde que saiu da faculdade trabalha com educação. No hospital, ele começou a trabalhar em 2000, quando a instituição passava por vários processos de humanização do atendimento. Em 2002, foi aberto o setor de Educação e Cultura, do qual ele assumiu a coordenação. Cláudio explica que todas as atividades propostas às crianças internadas e o desempenho que elas alcançam estão em constante avaliação, dentro de um contexto pedagógico. A partir do quinto dia de internamento da criança, os professores já iniciam o trabalho com o novo aluno. Todo o acompanhamento pedagógico é feito pela equipe do hospital, mas a escola da criança é sempre notificada do trabalho que está sendo realizado durante o internamento. Essa conexão escola-hospital permite ao aluno o acompanhamento do conteúdo que está sendo passado à turma a qual pertence. “Nós sabemos que essas crianças estão aqui para um sério tratamento de saúde, e esse é o foco. A qualquer momento ela pode ser chamada a fazer um exame ou uma cirurgia. Por isso, não são elas que vêm até nós. Nós vamos até elas, levando atividades educacionais e culturais na enfermaria, no isolamento ou no corredor”, declara o coordenador. Duran te o período de internamento, o professor registra tudo o que foi trabalhado em uma ficha de tutoria. Após a alta, o educador escreve um parecer, que é enviado à escola junto com todas a atividades desenvolvidas pelo aluno no hospital. Esse documento auxiliará a instituição de ensino no processo de readaptação da criança ao dia-a-dia escolar.Entre as várias opções de atividades oferecidas pelo hospital, uma que se destaca é a “Ciranda do Saber”, em que um paciente faz uma apresentação sobre determinado tema que pesquisou. A atividade acontece na sala própria do setor e reúne crianças, adolescentes, pais, acompanhantes e professores em uma grande roda de conhecimento. No dia da visita da reportagem ao hospital, estava acontecendo uma ciranda sobre o Egito, apresentada por uma paciente da ortopedia, estudante do 2º ano do ensino médio. O que mais impressionava nos pacientes que acompanhavam a apresentação da colega era a curiosidade que saltava em seus olhos, a sede de aprender, de descobrir, que vencia a fraqueza e as doenças. Por isso, o ambiente não assusta – encanta. Principalmente por uma característica importante de qualquer classe hospitalar, seja ela onde for: a diversidade, um desafio para muitos professores.Foi essa característica que conquistou de vez a professora Maria Gloss. Há três anos trabalhando no hospital, depois de anos de trabalho em escolas municipais de Curitiba, Maria declara que foi ali que ela encontrou a escola que procurou a vida toda. “ Aqui a gente tem a oportunidade de trabalhar com a vida. É a escola mais saudável que eu conheço. Isso parece muito dual, porque eu estou dentro de um hospital. Mas é um espaço de cura até para a escola, o que eu vivencio aqui é isso”, emociona-se.Também foi nessa diversidade que a professora Eneida Simões da Fonseca se realizou profissionalmente. Para Eneida, que é PhD em Desenvolvimento e Educação de Crianças Hospitalizadas pelo Institute of Education – University of London e tem mais de vinte anos de experiência na área, o professor que deseja trabalhar no âmbito hospitalar precisa de sensibilidade para atender as necessidades e interesses que emanam na diversidade. “Há duas características essenciais a um professor no ambiente hospitalar. Uma é estar consciente de que há um espaço para ele no ambiente hospitalar. Para tal, não deve esquecer que isto implica uma outra característica, que é o compromisso com o direito da criança doente à escolaridade. Acho um equívoco o professor ter que dominar aspectos médicos. O que é necessário é o domínio da transdisciplinariedade, da diversidade dos alunos, para atender suas necessidades de aprendizado.

Por Renata Sklaski, publicado na revista Profissão Mestre.

14 fevereiro, 2009

Ser ou Estar Professora ...

Colegas de profissão e de vida,


Em algumas palestras sobre Gestão Escolar , sempre usei uma expressão que expressa a
instabilidade com a qual convivemos ao longo da nossa vida: "Não somos gestores, estamos gestores"!
Vivemos hoje alguma situação pessoal ou profissional, que amanhã pode ser totalmente diferente, motivada por razões inesperadas que fogem ao nosso controle e planejamento, ou seja, convivemos com o inesperado.
E é sobre esse tema intrigante para todo ser humano, que trago paa vocês, algumas considerações de uma especialista, para agregar valor à essas ponderações.
Que essa leitura promova um "mergulho" em seu interior e que vc volte à tona conhecendo -se mais e melhor , como fez em mim.
Ana Celina







SER OU ESTAR PROFESSORA...



Ser professora é assumir integralmente a condição de educar, como profissão e como modo de vida.
Ser professora é mais do que se afirmar como educadora, pois a função de educadora não exige ser professora, mas a profissão de professora implica ser permanentemente educadora. Educador ou educadora devem ser todas as pessoas. Na escola, é preciso legitimar como educador o porteiro que recebe as crianças e as famílias, assim como as orienta e se despede delas em nome da escola; é preciso reconhecer e autorizar a ação educadora do pessoal da secretaria, do pessoal de apoio. São educadores e educadoras em trabalho educativo. Mas não são professores, nem professoras.
Já professores e professoras, no exercício legal de uma profissão para a qual foram preparados e permanecem em aprendizagem, são educadores e educadoras, também. Daí ser necessário fazer uma (re)leitura de nossos discursos, de nossas práticas e de nossas teorias que defendem a aplicação de diferentes nomes a nossa profissão. Mudamos ao sabor desses nomes ou eles mudam em função de nossa ação?
Gosto de ser professora... Ser professora exige investir em aperfeiçoamento permanente, na sede de aprender sempre, sem vacilar...
Ser professora é viver o cotidiano sem a opacidade da rotina instalada, sem se permitir aplicar desimportância ao que acontece em torno.
Algumas pessoas declaram “Estar professora”... Essa afirmação me dá mais uma idéia de transitoriedade do que de ligação entre o estado da pessoa e a função. A idéia que tenho, em torno dessa afirmação, é de que a pessoa deixará de ser professora num dado momento, como se não fosse um compromisso de longo prazo, de vida... Parece-me ser mais fácil: permite vestir uma profissão momentaneamente e ser coerente com ela apenas no exercício da função. Parece, também, permitir assumir a condição de educadora, ou não, apenas durante o tempo em que se está professora...
Estar professora exige o estudo como meio de ascensão na carreira, como atendimento a exigências institucionais. Estar professora é optar por estar e não por ser.
Tenho optado por ser professora, não deixando de sê-lo quando estou fora da sala de aula. Não abro mão dessa condição. Não estou dizendo com isso que durante todo o tempo estarei ministrando aulas, mas continuarei sendo professora na maneira de ver o mundo e de agir nele. Sou professora por opção de vida e, por conseguinte, não descarto da minha maneira de viver e de ser esta faceta de minha identidade.
Assim, também, não deixo de ser mãe, não deixo de ser católica, não deixo de ser mulher, não deixo de ser negra, não deixo de ser filha, não deixo de ser amiga, irmã, brasileira... Sou inteira, não sou parte.
Estive chefe, estive doente, estive estrangeira, estive ausente, estive longe... Não sou chefe, sou professora; não sou doente, sou gente; estive ausente, mas prefiro ser presente, ser o próximo para que você me ame “como a si mesmo...” e não estar longe, mas ficar perto, sendo e não estando...
E você? Ser ou estar, eis a questão...


Marisa Valladares é professora do depto. de Política, Educação e Sociedade, do Centro de Educação da Universidade Federal do Espírito Santo. Mestre em Educação e doutoranda em Educação - com concentração de estudos em Currículo e Formação de Professores. Trabalha com Didática, Metodologia do Ensino Superior, Estágio na Licenciatura de Geografia. Foi professora da educação básica em todos os segmentos - desde a educação infantil até ao ensino médio - em escolas públicas (zona urbana e zona rural) e em escolas privadas de pequeno e grande porte. Adora ser professora e eterna aprendiz!

13 fevereiro, 2009

Fazendo Educação: sites e blogs

Divulgar bons sites e blogs também faz parte do que consideramos "fazer educação"
Visitem, pesquisem, criem e levem novidades para suas escolas !
Façam acontecer!
Bom fim de semana, Ana Celina


Blogs (e alguns sites) da semana:

http://claudiocursini.blogspot.com/
http://www.depoisdaaula.com/
http://mexaletras.blogspot.com/
http://http://www.professorrenato.com/
http://www.aprenderecia.blogspot.com/
http://www.lulukinha-luluka.blogspot.com/
http://educasempre.blogspot.com/
http://www.fabianoraco.com/
http://au.alencar.zip.net/
http://www.piratapoeta.blogspot.com/

Projetos Multidisciplinares

Oi pessoal! Se estamos prontos para a largada de 2009, deixo aqui pra vocês,as palavras
de uma especialista de primeira linha ! Vejam só !! Ana Celina




Por que Trabalhar Projetos Multidisciplinares?


Projeto multidisciplinar é um ótimo recurso para ensinar desde os anos iniciais, pois além de motivador, esta ferramenta faz com que os alunos construam seus conhecimentos interligando as diversas áreas da aprendizagem; faz com que os alunos compreendam as relações existentes entre as linguagens e dão a eles a oportunidade de transformar a sala de aula em uma comunidade de investigação e pesquisa. O projeto multidisciplinar constitui uma condição para a melhoria da qualidade do ensino, pois supera a clássica fragmentação existente entre as disciplinas e contribui para a formação global do educando. Ao estabelecer um diálogo entre os conteúdos, levantam-se questões interdisciplinares e identificam-se pontos comuns entre eles, levando o educando a um melhor entendimento do mundo concreto e à compreensão destas relações. Desenvolver competências e habilidades são as palavras de ordem na educação contemporânea, e isso significa possibilitar que os alunos adquiram os saberes fundamentais, que os preparem para a nova realidade social e para o mercado de trabalho; neste sentido, o professor precisa mudar sua postura frente à classe, ou seja, proporcionar atividades que integrem as diversas disciplinas e que façam com que o aluno aprenda a identificar, avaliar, formar, analisar situações e relações, cooperar, agir, participar, partilhar, organizar, construir, elaborar conceitos e gerenciar, que são saberes fundamentais para a construção da autonomia. Baseado neste discurso, eu acredito que Projetos Multidisciplinares, ao permitirem uma interrelação entre as disciplinas do currículo escolar, passam a ter fundamental importância no desenvolvimento de tais competências e habilidades, visto que no dia-a-dia proporcionam o exercício da busca e da descoberta, aguçando a curiosidade, a criatividade e aumentando no aluno a capacidade de dominar novas informações e relacioná-las com as antigas; fatores primordiais para o sucesso da aprendizagem. Projetos multidisciplinares promovem a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade. O que é isso? É identificar os pontos comuns, as relações existentes entre os conteúdos e transportá-los também para as suas ações diárias, contextualizá-los. É fazer com que os conteúdos aprendidos na escola tenham aplicabilidade e tenham significado na vida cotidiana do educando; ou seja, que não sejam apenas “matérias” isoladas, sem sentido, decoradas apenas para fazer prova. Estas ligações podem facilitar o processo de ensino-aprendizagem, uma vez que constroem o conhecimento de forma prazerosa, participativa e interessante, resgatando o gosto de aprender. O conhecimento construído através dos Projetos Multidisciplinares deve possibilitar a análise crítica de valores sociais, desenvolver o respeito mútuo – uma vez que requer uma maior interação entre os alunos – e fortalecer a aquisição de hábitos saudáveis, pois faz com que o aluno se reconheça como elemento integrante do processo e permite maior conscientização sobre os diversos aspectos relacionados às situações cognitivas, afetivas e sociais ao permitir o uso de estratégias individuais e grupais nas práticas e resoluções de problemas.
Um Projeto Multidisciplinar bem planejado, onde a equipe pedagógica esteja realmente envolvida, que não seja imposto, que motive e seja direcionado para o interesse da turma, tende a obter sucesso, mas é, sem dúvida, uma tarefa que requer grande esforço de todas as partes, pois exige a ruptura com o ensino reprodutor e com o saber parcelado que é onde existe a divisão do pensamento e do conhecimento. Exige uma contínua interinfluência entre teoria e prática de modo que se enriqueçam reciprocamente; e exige intervenção e avaliação continuada. Enfim, o pensar e agir interdisciplinar e multidisciplinar se apoia no princípio de que nenhuma fonte de conhecimento é em si mesma completa, e que ao se interagirem surgem novos desdobramentos na compreensão da realidade e de sua apresentação.
As pipas podem ser um ótimo exemplo ou recurso para ensinar Português, Matemática, Geografia, Artes, História, Educação Física, Ciências, Química, Física e valores.
Trabalhada de forma interdisciplinar e multidisciplinar, desenvolve a criatividade, a coordenação psicomotora, o espírito de equipe; incentiva a pesquisa, a leitura e a produção de texto; resgata brincadeiras populares, ensina formas geométricas, medidas e sistema métrico; a diversidade cultural; prevenção de acidentes; fundamentos físicos, misturas e processos químicos; grandes descobertas a partir da dinâmica do voo da pipa; enfim, com um pouco de criatividade, o professor pode navegar pelo conteúdo de sua disciplina utilizando recursos inimagináveis, reorganizando, refazendo, replanejando, reavaliando sua prática e reinventando a educação de qualidade.


Vanja Ferreira – Mestre em Educação, pedagoga, coordenadora pedagógica, escritora, docente universitária, educadora física, gestora escolar e Prêmio Victor Civita Professor Nota 10.

10 fevereiro, 2009

Prontos para a largada!!





Olá amigos !



Depois merecidas férias, volto ao blog com o saudades de vocês !

Já estamos todos prontos para dar a largada de mais um ano letivo, prestes a se iniciar não é mesmo?

Desejo que neste momento de novas propostas, vocês estejam confiantes numa jornada de produtividade e descobrimentos, para que se sintam autores de sua própria história
fazendo acontecer onde quer que vocês vivam e atuem.

Da minha parte, como sou uma incansável pesquisadora de novos conhecimentos, me comprometo trazer pra vocês, não apenas minhas opiniões pessoais sobre nossa lida diária pela Educação, mas também a palavra instrutiva de autores respeitados na área, bem como notícias, fotos , livros, vídeos e tudo o mais que possa facilitar o trabalho nas escolas, conduzindo-os ao sucesso.


Que 2009 seja um bom ano para todos nós, e certamente o será .

Um abraço fraterno à todos, e lá vamos nós !!!
Ana Celina